Mote: São frios, são glaciais
Os ventos da solidão
I
Quando agente sente saudade
Duma pessoa querida
Dar-se um vazio na vida
E dói essa soledade.
Ninguém suporta a metade
Do amor que não volta mais
São frios, são glaciais
Os ventos da solidão.
II
Minha muié se chama bela
Quando vou chegano em casa
O galo canta na brasa
Cai o testo da panela
Eu fico chamano por ela
Morena do meu amó
Segredo de minha mala
Meu cavalo corredó
III
Se existe mãe, existem pais
Se ela é bela, eles sai glaciais.
Deus os criou ambos em solenidades
A todos os queridos pais, mil felicidades,
Que o divino tenha muita compaixão,
Dê a eles uma vida cheia de paz
São frios, são glaciais
Os ventos da solidão.
IV
Sou esperto e não relaxo
Também um homem de fé
Mas só conheço uma muié
Olhano a parte de baixo
O gato preto é quem dá azar
No meu laranjal só tem maracujá
E o mundo chora para viver.
Juarez, in Poesia
(lEMBRANÇAS DE ALGUNS POEMAS QUE OS MAIS VELHOS ME CONTAVAM EM FORMA DE TROVA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário